Enquanto o passaporte dos Estados Unidos é visto por muitos como o “mais poderoso do mundo”, o passaporte brasileiro esconde benefícios únicos que garantem aos seus portadores facilidades que os norte-americanos simplesmente não têm. E o melhor: essas vantagens se estendem tanto para turismo quanto para qualidade de vida em diversas partes do mundo.
1. Livre circulação no Mercosul: brasileiros podem viajar só com RG
Enquanto cidadãos norte-americanos precisam de passaporte e, em alguns casos, vistos para circular por países da América do Sul, os brasileiros podem viajar para todos os países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, entre outros) apenas com a carteira de identidade (RG).
Além disso, os brasileiros têm direito de residência, trabalho e estudo nesses países de forma facilitada, graças ao Acordo de Residência do Mercosul. Um privilégio que o passaporte americano não proporciona, já que para um cidadão dos EUA viver legalmente nesses países, é necessário processo migratório formal.
2. Isenção de visto para mais de 100 países — incluindo Rússia, Indonésia, Emirados Árabes e África do Sul
Embora o passaporte norte-americano permita entrada em muitos países, o passaporte brasileiro garante isenção de visto ou visto na chegada em destinos onde os norte-americanos precisam solicitar autorização antecipada, como:
- Rússia
- Turquia
- Catar e Emirados Árabes Unidos
- Indonésia
- Tailândia
- África do Sul
- Marrocos
Isso significa menos burocracia, menos gastos com taxas e menos espera para embarcar rumo a diversos destinos turísticos populares.
3. Não exige entrevistas, filas ou aprovações para obtenção
Nos Estados Unidos, tirar o passaporte exige agendamento, entrevista presencial, documentos específicos e pagamento de taxas elevadas. Já no Brasil, o processo é mais direto:
- Não há entrevista.
- O agendamento costuma ser rápido.
- A taxa é mais acessível (R$ 257,25).
- O passaporte costuma ser entregue em poucos dias úteis.
4. Permite dupla cidadania sem perda de direitos
O Brasil é um dos países que aceita múltiplas cidadanias, ou seja: um cidadão brasileiro pode obter outro passaporte (italiano, português, alemão, etc.) sem perder a nacionalidade brasileira.
Já os EUA reconhecem, mas não incentivam a dupla cidadania. Em alguns casos, quem adquire outra nacionalidade pode perder benefícios federais, ter complicações legais ou renunciar automaticamente à cidadania norte-americana, dependendo da situação.
5. Brasil é visto como país neutro e pacífico — menos restrições em zonas de conflito
Por não estar envolvido diretamente em conflitos armados globais ou tensões diplomáticas frequentes, portadores do passaporte brasileiro enfrentam menos barreiras em zonas de instabilidade política.
Isso se reflete em uma recepção mais amigável em fronteiras delicadas, principalmente no Oriente Médio, África e Ásia, onde cidadãos de países mais intervencionistas, como os EUA, podem ser alvo de restrições, entrevistas mais rigorosas ou até mesmo negação de entrada.
6. Respeito crescente ao soft power brasileiro
Além de ser um dos maiores destinos turísticos do mundo, o Brasil é também um símbolo de cultura, diversidade e hospitalidade. Portadores do passaporte brasileiro costumam ser associados a um povo acolhedor e pacífico, o que frequentemente favorece o tratamento recebido em imigrações e alfândegas.
E mais: isenções fiscais e facilidades em viagens regionais
- Em diversos países, brasileiros não pagam taxas de entrada ou saída aplicadas a viajantes de países considerados “ricos”.
- Companhias aéreas sul-americanas oferecem tarifas regionais exclusivas para cidadãos do Mercosul.
- Brasileiros têm acesso a programas de intercâmbio e cooperação educacional com países da América Latina, África e Ásia que não são disponibilizados a cidadãos dos EUA.
Um passaporte com mais valor do que se imagina
Mesmo com menos “poder global” em rankings de mobilidade, o passaporte brasileiro oferece benefícios reais, práticos e relevantes que muitas vezes passam despercebidos.
Além de facilitar a vida em viagens pelo hemisfério sul, ele abre portas em destinos culturais, econômicos e educacionais que não são tão acessíveis ao cidadão americano médio.
Em tempos em que o mundo exige mais planejamento e flexibilidade para viajar, valorizar o passaporte que se tem é o primeiro passo para explorar o planeta com consciência, economia e menos barreiras.