Sabe quando você abre a Netflix só para achar algo leve para assistir enquanto almoça no domingo, sem grandes expectativas? Pois é. Foi assim que me deparei com Assassinato na Casa Branca — e, sem querer, acabei assistindo a temporada INTEIRA no mesmo dia.

Se você curte Knives Out, Only Murders in the Building ou até Morte no Nilo, essa nova produção da Netflix vai te conquistar fácil. Um prato cheio para quem ama mistérios, personagens excêntricos e aquele clima de detetive com reviravoltas bem amarradas.
A sinopse me fisgou logo de cara: um assassinato dentro da Casa Branca, 200 suspeitos (!!), uma detetive excêntrica e genial, e… muitos pássaros? A vibe Agatha Christie foi imediata e, felizmente, minhas expectativas foram atendidas com gosto desde o primeiro episódio.
Estilo da série
É o tipo de mistério que você consegue acompanhar sem se perder, mas que ainda assim te desafia na medida certa.É instigante, estilosa e divertida. Aliás, falando em estilo: os primeiros episódios trazem uma energia MUITO parecida com Only Murders in the Building (que, convenhamos, é uma das melhores séries da atualidade). Desde a paleta de cores, à abertura e especialmente a trilha sonora, tudo parecia um tributo. Mas com o tempo, Assassinato na Casa Branca vai encontrando sua própria identidade.
A direção também merece aplausos: os cortes de câmera, a trilha sonora (que vai ficando mais intensa conforme os episódios avançam) e os enquadramentos ajudam a construir aquela sensação de caos controlado. Teve hora que me senti até sobrecarregada — mas, de forma boa. Tipo “tô dentro da investigação e a pressão tá real”.
Dinâmica e personagens

Cada episódio foca em um dos suspeitos, revelando histórias paralelas cheias de detalhes curiosos, algumas mais desenvolvidas que outras, mas todas colaborando com o quebra-cabeça. O que achei mais legal é como a narrativa brinca com a nossa curiosidade, nos levando pelos bastidores da Casa Branca de um jeito que nunca vimos.
Um destaque absoluto é a narração da Jasmine — a personagem consegue capturar toda a tensão e as intrigas do ambiente político com uma sensibilidade afiada. E a atriz responsável por dar vida a ela (que performance!) entrega tudo. Em alguns momentos, eu me pegava hipnotizada só ouvindo as descrições dela sobre o clima dentro da casa, os segredos e, claro, a figura misteriosa do A.B. Winter, a vítima da vez.
No fim, desvendar esse mistério foi o toque final perfeito para meu domingo. E as referências à Agatha Christie? Um presente para os fãs do gênero. Fica nítido que a série foi inspirada por ela, mas sem copiar — é uma homenagem com personalidade própria.
