A cantora e compositora Blue apresenta ao público uma fase mais introspectiva de sua carreira. Nesse sentido, ela consolida esse momento no novo EP intitulado “Não Ando Muito Bem“.
Nascida e criada em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Blue cresceu em uma família com fortes influências musicais, especialmente vindas de seus pais.
Por um lado, seu pai, cantor apaixonado por sertanejo, a incentivava a mergulhar nesse gênero. Por outro lado, sua mãe, atuante em atividades da igreja, apresentou-lhe a vivência em corais.
Dessa forma, esse ambiente familiar musical despertou cedo o interesse de Blue pela música, levando-a a experimentar diferentes estilos, inicialmente participando de bandas de rock com seus amigos.
Posteriormente, ela enveredou pelo caminho solo no cenário pop. Assim, construiu uma identidade única, marcada pela diversidade de influências e também por uma forte carga pessoal.
Atualmente, a artista se prepara para lançar “Não Ando Muito Bem“. Esse projeto reflete sua vida, personalidade e emoções, resultando, portanto, em um trabalho intimista e envolvente.
A inspiração por trás de “Não Ando Muito Bem”
Blue revela que “Não Ando Muito Bem” nasceu de um desejo de ouvir músicas que realmente retratassem sua realidade. Além disso, a artista queria transmitir sentimentos de acolhimento e sinceridade.
“Eu voltava do trabalho no metrô e eu queria ouvir alguma música que me confortasse, sabe? Eu escutava Thalles Roberto e eu sentia que aquilo me abraçava de alguma forma. Um belo dia me deu um start: ‘Cara, o que eu preciso fazer nesse momento é a música que eu gostaria de ouvir no metrô’. Então esse foi o start principal para esse novo projeto.”, explica..
A partir dessa ideia, a cantora reuniu referências de toda sua trajetória. Entre elas, destaca-se o rock, com sua energia crua, mas também letras marcantes que evocam acolhimento e emoção.
Assim, iniciou a busca por sonoridades que traduzissem seu universo pessoal. Ao mesmo tempo, colaborou com artistas que compartilham linguagens semelhantes em composições, enriquecendo ainda mais o processo criativo.
Consequentemente, o resultado promete ser um EP capaz de emocionar, ao trazer a sensação de um abraço por meio de melodias envolventes e uma narrativa intimista.
Os ‘Bluegadeiros’ e a força do simbolismo
Para financiar o audiovisual “Não Ando Muito Bem”, Blue viralizou ao vender brigadeiros pelas ruas, apelidados de “Bluegadeiros”. Dessa forma, o gesto conquistou rapidamente o carinho de seus seguidores.
“Os brigadeiros sempre fizeram parte da minha vida. A primeira vez que eu vendi brigadeiro foi quando eu tinha dezesseis anos e eu queria pintar o cabelo de vermelho. Aí eu pensei: ‘vou vender brigadeiro na escola, vou arrumar o dinheiro, vou no salão’. Depois eu vendi brigadeiro na praia, porque eu queria me mudar pra São Paulo. Eu consegui o dinheiro vendendo na praia, então sempre me acompanhou de alguma forma.”, conta a cantora.
Com isso, os brigadeiros passaram a carregar um simbolismo especial em sua trajetória, funcionando não apenas como sustento, mas também como combustível de seus sonhos.
O conceito de “Não Ando Muito Bem“
O “Não Ando Muito Bem” terá três faixas que narram situações de descobertas, transformações e conclusões. Assim, o trabalho refletirá vivências de Blue com sensibilidade e sinceridade marcantes.
A cantora ainda acrescenta: “Quando eu vou criar alguma coisa, eu já penso na história, né? Eu tenho muito isso, assim, é como se fosse um filme na minha cabeça. Então acho que você pode sempre esperar isso, que está conectado de alguma forma”.
Para medir a receptividade do público, Blue promoveu ações espontâneas. Nesse processo, convidou pessoas desconhecidas a ouvir as faixas e observou atentamente suas reações naturais.
“Teve uma menina que eu achei engraçada a reação dela, ela começou a rir muito. Eu fiquei olhando pra cara dela e ela disse: ‘Essa garota tá falando sobre coisas que a gente não tem coragem de falar’.”, relata Blue, emocionada com a experiência.
Portanto, com “Não Ando Muito Bem”, a cantora reafirma sua identidade artística. Mais do que isso, ela convida os ouvintes a mergulharem em uma jornada intimista, emotiva e profundamente real.