Vem chegando o dia das mães e já podemos sentir o climinha maternal no ar.
Para falar da minha, deixo um espaço especial na coluna da semana que vem.
Hoje, quero falar da minha amiga que se tornou mãe.
Existe uma virada de chave interessante na amizade que é quando uma das partes tem um filho. No melhor dos mundos, é quando isso acontece com todas mais ou menos na mesma época, o que não foi meu caso.
Elas passaram pro lado de lá da maternidade e eu continuei do lado de cá.
Aquela sua amiga, a inseparável de tantos anos, agora tá grávida. É um misto bizarro de alegria e explosão da vida adulta ali, bem na sua cara.
Ver sua amiga grávida, está na minha lista pessoal de coisas mais doces e incríveis dessa vida!
Sim, aquela sua companheira da vida toda, que você estudou na escola.
Que você estava lá no dia que ela conheceu o hoje então marido.
A que ia pro shopping com você bater perna sem pressa ou passava tardes à toa por aí.
A que alugava casas bizarramente minúsculas em Ubatuba no réveillon para 20 pessoas.
A que você pegou o buquê de noiva no casamento.
A mesma que você segurou o cabelo para ela vomitar bêbada nas baladas da vida.
Aquela que jogou o capelo para cima, junto com você na formatura da faculdade.
A que você viu abrir uma empresa.
A que você viu se mudar de país.
Ela que segurou umas barras pesadíssimas com você.
Essa amiga. De repente ela tem um filho e vira mãe. E tudo muda! Tudo! Ela já não é mais a mesma e é incrível o quanto isso é tão bom!
Nós somos apresentados a um novo amor, completamente desconhecido até então.
Me reparo amando loucamente a extensão mais importante e especial da minha amiga. Aquele bebê, bem ali na minha frente, com o nariz igual do pai, mas com o sorriso e o jeito da mãe.
O mesmo olhar, que já troquei inúmeras vezes com minha amiga, aquele olhar que substitui palavras, hoje faço com o filho dela.
E só de escrever isso, meu olho encheu de água e eu nem sou dessas.
Aquela sua parceira, hoje tem olheiras, não dorme há meses, não consegue mais conversar com a frequência de antigamente, a blusa dela tem mancha de papinha e ela trocou a playlist dela pra ouvir incessantemente Galinha Pintadinha. Ela diz que a cria gosta, mas é ela quem canta.
Vi ela menina, crescemos juntas, vi ela escrever cada nova temporada da sua vida. Mas nada, nada mesmo, se compara com tudo isso.
Ela frutificou. E ao meu ver, tudo que ela passou durante a vida, a levou a esse momento.
Amiga, você nunca esteve tão linda. Irradiante, na mesma proporção do seu cansaço. É muito. Eu sei!
Amigos nos ajudam a lembrar quem somos, especialmente quando a gente mesmo esquece. Eles são pontes que você constrói incessantemente entre o passado mirando o futuro.
Não sou mãe ainda, mas tô bem inteirada da virada que a maternidade causa na vida de uma mulher. Eu te vejo segurando a criança e fico encantada, como aquela menina que você era, se transformou nesse mulherão!
Portanto, minha amiga, eu sempre estarei aqui pra te lembrar quem você é, quem você foi e admirar quem você vem se tornando.
Eu tô aqui, segurando a sua mão nesse furacão maluco e mágico. A sua mão e aquela mãozinha minusculamente deliciosa do seu neném.
Tudo o que ainda virá, eu vou estar aqui. Eu amo te aplaudir! Sendo você, mãe, filha, esposa, profissional, irmã e sendo da minha família também, como sou da sua.
Obrigada por cada estação que dividimos. Por trazer ao mundo esse toquinho de gente, com o melhor cheirinho do mundo. Nós somos muito melhores hoje com esse mascotinho. Eles são nosso futuro.
Obrigada por me emprestar um pouquinho desse amor de tia que só conheço por conta dessa criança.
Eu tô aqui para vocês! A mesma de sempre, mas agora mais do que nunca, como a tia Dé.
Parabéns! Eu te amo! Feliz dia das mães.
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