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MAM São Paulo exibe mostra inédita de videoarte na Cinemateca Brasileira

Sessão única no dia 16 de julho apresenta obras de artistas como Cinthia Marcelle, Carmela Gross e Lucas Bambozzi; programação celebra a doação de 75 vídeos da coleção Chaia ao acervo do museu

Cinthia Marcelle, Cruzada (frame do vídeo). Coleção Museu de Arte Moderna de São Paulo. Still: Marina Paixão

Museu de Arte Moderna de São Paulo realiza no dia 16 de julho uma sessão especial gratuita na Cinemateca Brasileira para apresentar ao público uma seleção de videoartes recém-incorporadas ao seu acervo. Com curadoria de Cauê Alves, curador-chefe do MAM, e do professor da área de Ciências Sociais da PUC-SP Miguel Chaia, a mostra MAM na Cinemateca: corpo e cidade em movimentoreúne, em 1h17, 14 vídeos recém integrados ao acervo do museu, a partir de uma doação da coleção Chaia.
 

A escolha da Cinemateca como local da exibição reforça a histórica ligação entre as instituições: foi dentro do MAM que nasceu, em 1954, a filmoteca que deu origem à Cinemateca Brasileira, hoje um dos principais centros de preservação da memória audiovisual do país.
 

“Neste momento em que o museu está temporariamente fora de sua sede no Parque Ibirapuera, por conta da reforma da marquise, temos levado nosso acervo a outras instituições parceiras. Apresentar esse conjunto potente de vídeos na Cinemateca reforça não só uma conexão histórica, mas também o compromisso compartilhado com a preservação e difusão da memória audiovisual e da arte contemporânea”, afirma Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo.
 

“Parcerias como esta são de importância fundamental para ampliar o acesso a obras cinematográficas que encontram pouca visibilidade ou circulação nos circuitos tradicionais. A colaboração com o MAM, cuja experiência e olhar apurado para as videoartes enriquecem enormemente o diálogo com outras linguagens e formatos, fortalece a missão da Cinemateca Brasileira de preservar, valorizar e difundir o cinema e audiovisual brasileiros em toda a sua riqueza, complexidade e pluralidade”, completa César Turim, gerente de Difusão da Cinemateca Brasileira.
 

Programação

A sessão principal acontece às 19h e será precedida por uma sessão com acessibilidade de legendas, janela Libras e audiodescrição, às 17h. A obra que dá início às exibições é Cruzada (2010), de Cinthia Marcelle, uma vídeo-performance em que 16 músicos marcham pelas ruas até se encontrarem num cruzamento, criando uma poderosa coreografia sonora e urbana. Em seguida, a seção Retratos Poéticos traz obras que exploram a corporeidade e as identidades com lirismo e força visual, como Faces, de Lia ChaiaDandara, de Rafaela KennedyVia de mãos dadas, de Thiago Rivaldo; e Translado, de Sara Ramo, em que elementos cotidianos ganham contornos simbólicos e políticos.

Na sequência, a seção Paisagens Políticas reúne vídeos como Aleph, de Lia ChaiaLuz del Fuego, de Carmela Gross, obra que rememora a figura histórica da artista e ativista homônima; Etrom uo Aicnêdnepedni, de Guilherme Peters; e Americano, de Berna Reale, conhecida por seus vídeos que confrontam a violência institucional.
 

A mostra segue com o bloco Experiências da Linguagem, em que as obras tensionam a própria estrutura do vídeo. São apresentados Odiolândia, de Giselle Beiguelman, uma crítica ao discurso de ódio nas redes sociais; Pamonha, de Marcelo CidadeLove stories, de Lucas Bambozzi; e Monólogo, de Nicole Kouts. Por fim, encerrando a sessão, o vídeo Sin Peso, de Cao Guimarães, traz imagens lentas e poéticas em que gestos simples ganham densidade sensível, convidando à contemplação.
 

A mostra marca a celebração da doação de 75 videoartes ao MAM São Paulo, feita por Vera e Miguel Chaia, professores da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP e colecionadores de arte contemporânea desde a década de 1970. Fundadores do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política da mesma universidade, em 1997, o casal reuniu ao longo das décadas um dos mais amplos e relevantes recortes do vídeo contemporâneo, abarcando 40 artistas de diferentes gerações, vertentes e regiões do Brasil e do mundo. A doação ao MAM inclui obras em vídeo e videoinstalações que ampliam significativamente o acervo audiovisual do museu, que contava com 41 obras em vídeo até então.
 

“A doação de Vera e Miguel Chaia inaugura um novo momento para o acervo do museu ao quase triplicar a coleção de vídeos do MAM. A mostra na Cinemateca é um modo não apenas de dar visibilidade para a coleção, mas também de reflexão crítica dessa produção contemporânea em um formato de exibição diferente da sala de exposições”, diz Cauê Alves.

“Parcerias como esta são de importância fundamental para ampliar o acesso a obras cinematográficas que encontram pouca visibilidade ou circulação nos circuitos tradicionais. A colaboração com o MAM, cuja experiência e olhar apurado para as videoartes enriquecem enormemente o diálogo com outras linguagens e formatos, fortalece a missão da Cinemateca Brasileira de preservar, valorizar e difundir o cinema e audiovisual brasileiros em toda a sua riqueza, complexidade e pluralidade”, completa César Turim, gerente de Difusão da Cinemateca Brasileira.

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Escrito por Gabriel Nascimento

Jornalista, editor-chefe do Nation POP, empreendedor, especialista em Marketing, Registro de Marcas & Creator Economy.

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