O filme dinamarquês estreou na última 5a feira, e é um ótimo exercício de pensamento.
Eu penso nos países escandinavos como um lugar cheio de pessoas civilizadas e educadas, e fiquei absolutamente chocada quando houve um massacre promovido por neo-nazistas por lá….
Pelo que vimos no filme, também há famílias desajustadas, pais abusivos, e assédio sexual e estupro. (pasmem).

Nossa protagonista trabalha com essas famílias, e, teoricamente, tem uma postura compassiva com as vítimas, em sua maioria crianças.
Sua família é bem “Doriana”, o marido trabalhador e carinhoso, e duas lindas filhas gêmeas. Quando não estão trabalhando ou estudando, estão em momentos de agradável lazer.
Mas eis que surge o “problema” : o filho do primeiro casamento do marido só apronta, e, para não ser mandado a um internato pela mãe, o pai lhe chama para viver com ele.
Ele é um adolescente típico, um pouco mal humorado, um pouco bagunceiro, desafia a autoridade, e é irônico, solitário, e mulherengo.
A senhora comportadinha se atrai pela sua figura, e pelo seu vigor juvenil. E resolve seduzi-lo.
Daí o filme toma um rumo completamente novo, com mais violência, com situações inesperadas e brutas, e realmente nos faz pensar.
Estamos acostumados a pensar em homens como criaturas sexuais e que estão sempre prontos para o ato. Em mulheres, como pessoas que precisam ser convencidas e fazer sexo.
Aqui tudo é bem diferente.
Além disso, a mulher que tanto ampara os oprimidos, começa a oprimir de uma maneira um pouco assustadora.
Eu recomendo fortemente que confiram , aproveitando a primeira semana, já que filmes “de arte” tendem a ficar desapercebidos no mar de blockbusters cheios de mídia e marketing.