A sequência de quase 30 anos depois, de “TOP GUN: ASES INDOMÁVEIS”, de 1986, um clássico dos anos 80, vem com sua sequência para resgatar e cativar uma nova geração em 2022 e com certeza acertou em cheio. Ele vai agradar bem o público dos anos 80 e ao mesmo tempo tem elementos modernos, atuais para trazer uma nova geração.
O espectador que se pergunta se precisa ver o antigo para entender esse novo, “TOP GUN: MAVERICK”, não é necessário, porque ele tem elementos do 1° filme, muito bem colocado na trama, é o que chamamos de “metaliguagem” através do “flashback” do passado, sem exageros. Na medida certa. A curiosidade desta produção, é que o Tom Cruise, quis fazer o uso de cenas reais com os caças, então o elenco passou por um treinamento intenso, porque tudo é real, nada de CGI, a famosa tela verde. E ele ainda trabalhou sem o uso de dublês na maioria das cenas de ação.
A volta do Tom Cruise na pele do capitão Pete Mitchell, codinome “Maverick”, é tão nostalgia do começo ao fim, que também cativa os jovens espectadores facilmente. E o personagem surpresa, que foi tão inesperado, tem uma cena muito emocionante, é a ilustre participação especial do Val Kilmer revivendo o Tom Kasanzky, codinome “Iceman”, para quem não sabe, na vida real o ator teve câncer e não fala mais. O seu personagem teve uma participação que vai arrancar lágrimas de todo mundo dentro do cinema.
O filme teve uma troca de atrizes numa personagem, em ASES INDOMÁVEIS, Maverick se envolve amorosamente com a Instrutora, Charlie, interpretada pela atriz Kelly McGillis, porém não se sabe o que aconteceu com ela, para onde foi esse amor. Na sequência até achamos que é a mesma personagem, mas não é, Penny Benjamin, interpretada pela Jennifer Connelly. E isto não interfere na trama, nova história, novo amor. E ficou até melhor.
A trama trouxe uma fotografia maravilhosa, quanto o clássico, as músicas tem momentos nostálgicos e momentos certos que o roteiro soube encaixar muito bem o rock pop para agradar o público jovem, que valem a pena serem visto em formato dos clipes que foram lançados pelos artistas. O momento “One Republic – I Ain´t Worried” é um hit que funcionou muito bem, é o momento clímax da trama, um ritmo gostoso de se ver, sentir e ouvir.
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A ideia era mostrar uma estratégia de que a equipe, em um treinamento na praia, jogando futebol americano e essa cena, consegue trazer uma temática de exposição de uma equipe de muito homens sem camisa, exibindo seus corpos definidos e rola a participação de duas moças com eles, jogando também, fazem parte da equipe e do treinamento, torna-se moderno, quebrando a ideia do machismo na cena.
A equipe nova do treinamento no TOP GUN é formado pelo time bem seleto: Rooster (Miles Teller) é o filho do melhor amigo falecido em treinamento, o Goose, temos Hangman (Glen Powell) a que tudo indica nas apresentações iniciais, ele seria a nova versão do Iceman, só que mais “babaca”. E temos uma piloto, a Phoenix (Monica Barbaro), bem independente, destemida e determinada em suas missões, outro é o Coyote (Tarzan Davis) um pouco teimoso, mas verdadeiro no que faz com a ajuda do seu parceiro Fanboy (Danny Ramirez), que demonstra mais leveza e divertimento. Payback (Jay Ellis) , sua determinação vem na rapidez da força G. E temos um último, o parceiro de Phoenix, que pode ter aparência nerd, o demonstra fraqueza, timidez, mas não se engane é o mais inteligente da equipe e prova isto nos melhores momentos, este é o Bob (Lewis Pullman). Sem mais delongas.
A música do One Republic teve um momento marcante dentro da trama, uma ideia original, já a música tema, o hit de sucesso, da rainha do pop, Lady Gaga com “Hold My Hand” foi mais na ideia comercial do filme, não teve tanta intensidade como a do One Republic, não querendo dizer que não foi emocionante, mas foi previsível demais, poderia ter sido mais aproveitada, pela proposta que ela tinha no clipe.
Apertem os cintos, respirem, procurem a maior tela dos cinemas, de preferência em IMAX, é uma experiência maravilhosa, inesquecível para os fãs dos anos 80 e uma surpresa para a nova geração jamais esquecer, é como se o espectador fizesse parte da equipe, vai sentir, como se tivesse pilotando um caça. Ação do começo ao fim, sem parar, é um filme de tirar o fôlego, tão intenso que vai ser difícil esquecer tão cedo.
Anota ai, dia 26 de Maio, você tem um encontro marcado com Tom Cruise, Maverick, nos cinemas, a escola TOP GUN vai te emocionar sem dúvida alguma que seja por nostalgia, por entretenimento, por conhecer algo novo, por ouvir Lady Gaga ao fundo ou até mesmo o rock pop de One Republic. Vale cada centavo do ingresso. Parabéns, valeu a pena esperar o fim da pandemia.
É mais do que sessão da tarde dos anos 80, é um presente com várias reviravoltas que o espectador vai querer rever várias e várias vezes, um sucesso que pode alavancar as premiações do Globo de Ouro e Oscar. E pode ganhar as estatuetas sem dúvida alguma.