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A polêmica da “Tarifa Trump” nos bordéis de Fortaleza, entenda tudo

A polêmica da “Tarifa Trump” nos bordéis de Fortaleza, entenda tudo
imagem ilustrativa (brasil-versus-estados-unidos) FREEPIK AI

Se você rolou o feed nos últimos dias, deve ter trombado com um print inusitado: um recibo de um cabaré em Fortaleza cobrando “Tarifa do Trump +50%” de um cliente norte-americano. Sim, do nada, o Brasil respondeu ao tarifaço de Donald Trump com um cover nos prostíbulos cearenses. Ou melhor, quase isso.

Mas será que tem gringo mesmo pagando mais pra curtir a night no Ceará? Spoiler: não tem confirmação nenhuma de que essa taxa esteja sendo cobrada de verdade. Bora entender o que é fato, o que é zoeira e o que a lei diz sobre isso.

O que rolou nas redes: o print do recibo e o meme viral

Tudo começou com uma imagem compartilhada loucamente no Twitter/X, mostrando um recibo com a descrição bizarra “Tarifa do Trump +50%”. O suposto local? Um cabaré apontado como “Thatys Drinks”, já dando pistas de que o meme foi servido com bastante gelo e humor.

Portais como o Tribuna do Sertão e o Diário do Centro do Mundo até comentaram o caso, mas todos jogaram real: a história tem cara de meme, e não de protesto real. Nada de fontes oficiais, nenhum dono de estabelecimento dando entrevista, zero provas de que alguém pagou mesmo essa taxa.

A zoeira tem limite? O que diz a lei sobre isso

Agora vamos sair do meme e entrar na treta jurídica. Se algum lugar de fato cobrasse mais caro só porque o cliente é gringo (norte-americano, no caso), isso seria crime de discriminação, previsto na Lei nº 7.716/1989. Sim, é coisa séria.

Além disso, o Código de Defesa do Consumidor também não perdoa: exigir uma “vantagem manifestamente excessiva” (tipo meter 50% a mais do nada) é considerado prática abusiva.

Ou seja, se esse recibo fosse verdadeiro e virasse prática recorrente, o Procon já estaria batendo na porta do cabaré com um “vamos conversar aqui rapidinho”.

Mas afinal, é meme ou realidade?

Com base nas reportagens e checagens disponíveis, tudo indica que foi só zoeira da internet. Uma sátira política bem-humorada, uma resposta criativa ao anúncio de tarifas de Trump, mas sem nenhuma base real de cobrança oficial nos estabelecimentos.

Nenhum jornalão confirmou a história, não há investigação policial, nem ação judicial, nem reclamação no Procon. Só print, meme e compartilhamento.

O brasileiro nunca perde a piada

O caso da “Tarifa Trump” é mais um daqueles momentos onde o brasileiro mostra que não tem limite pra criatividade, especialmente quando mistura política, humor e rolês aleatórios tipo cabaré.

Mesmo sem confirmação, a história virou o meme do momento e acendeu discussões importantes sobre xenofobia, abuso comercial e até respostas simbólicas à geopolítica (olha o Brasil militando de forma sensual, rs).

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Paulo Henrique da Silva

Escrito por Paulo Henrique da Silva

Editor de Entretenimento e Head de Social Media. Correspondente no Paraná

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