Ana Lua e a Funkalização lançam, no Dia Mundial da Água, a dançante faixa de protesto “Rio para eu Rir”. A música é um funk soul de alma punk de contestação e reflexão sobre a questão hídrica nas grandes metrópoles, principalmente na São Paulo natal do grupo.
“Eu morava no Bixiga e, para gravar um documentário, estudei a história do bairro, que foi criado a partir do fluxo do rio Saracura, uma rota indigena e quilombola. Nessa época estava rolando uma crise hídrica e ao mesmo tempo os alagamentos frequentes na cidade de São Paulo. Essa conta não fecha e conforme fui aprendendo sobre os rios invisíveis e rios mortos, fui ficando com muita raiva da urbanização que não se importa com a qualidade de vida das pessoas e da biodiversidade. Temos vários coletivos nessa luta, como Salve Saracura, Rios e Ruas e Parque do Bixiga, e queremos fazer nossa parte com a arte”, explica a cantora, compositora e produtora multimídia Ana Lua. O projeto foi criado pela artista para ser um espaço de experimentação sonora com referências grooveadas.
E o funk de onde eles bebem não é necessariamente só o criado dentro da música negra americana e impulsionado pelo furacão James Brown, mas a versão tropical, mesclado na MPB. Essa é a base para o disco de estreia do projeto “Soul do Sol”, previsto para abril e cujo primeiro single “Alma Funk” já estava disponível. Recentemente, eles lançaram uma música bônus com clima de começo do ano chamada “É Verão”
“Sinto que minha missão é espalhar a palavra do funk soul brasileiro”, levanta a bandeira. O projeto de Ana Lua tem como proposta o resgate da mensagem de amor, união e liberdade do Funk 70, através da música. Disponível somente no YouTube, “Rio para eu Rir” estará disponível em breve em todas as plataformas de música.