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“Todo o Tempo que Temos” é tempo perdido? Minha análise sincera

"Todo o Tempo que Temos" é tempo perdido? Minha análise sincera
Reprodução - Instagram

Trailer de Todo o Tempo que Temos” promete mais do que entrega:

Domingo, sem planos, shopping. Foi assim que eu caí de paraquedas na sessão de Todo o Tempo que Temos. O trailer, eficiente como deveria ser, plantou a curiosidade. Afinal eu fiquei interessado de início a ver o filme. Não de me programar pra ver no cinema, mas casou de acontecer assim. Vamos agora então ao meu veredito deste drama baseado na vida de altos e baixos de um casal que aleatoriamente acabou acontecendo – mas será que vale o ingresso?

“Todo o Tempo que Temos” e a história que tenta abraçar o tempo

Antes de tudo, a sinopse:
“Almut (Florence Pugh) e Tobias (Andrew Garfield) se encontram por acaso, mas esse momento vira suas vidas de cabeça para baixo. Unidos por uma conexão única, eles embarcam em uma jornada que desafia os limites do tempo e da razão, descobrindo a beleza de valorizar cada instante.”

Parece promissor, certo? Mas a execução… nem tanto.

Química de casal? Mais amizade do que romance

Vou ser direto: Almut e Tobias têm a química de uma mulher hétero com seu amigo gay. Não me julguem, é só a vibe que senti. Lindos? Sim. Fofos? Talvez. Mas casal? Não comprei. O contraste da “mulher radical” com o “homem que sonha com a família padrão” simplesmente não clicou. Nem as cenas de intimidade conseguiram acender faíscas.

História clichê, mas com um twist confuso

A narrativa tenta inovar ao não ser contada de forma linear. A ideia é boa, mas a execução foi embaralhada. Os saltos no tempo, longe de serem cativantes, me deixaram afastado em criar empatia pela história Talvez uma abordagem cronológica ajudasse a criar uma conexão maior com o casal. Afinal, já somos jogados direto na relação deles, e isso tira o peso emocional de acompanhar o começo, o meio e o fim dessa trajetória do filme.

Emoção? Ficou só na promessa

Temas fortes como câncer e luto merecem cuidado. Porém, o filme me emocionou tanto quanto um comercial de margarina. Nada ali conseguiu me tocar de verdade, exceto talvez o nascimento da filha do casal – e mesmo assim, só porque foi um alívio narrativo, não um momento arrebatador. A cena que vemos do atropelamento é tão rápida no filme que nem parece ter a mesma emoção do trailer.

Vale assistir? Depende do que você espera

Todo o Tempo que Temos tem boas intenções, mas não entrega o impacto que promete. A história tenta, mas não inova. As emoções, tão exploradas no trailer, não chegam ao espectador com força. No fim do dia, não é uma história ruim, só não é boa ou desenvolvida, captada de forma relativamente dramática. É suave demais para um drama.

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