Se você rolou o feed nos últimos dias, deve ter trombado com um print inusitado: um recibo de um cabaré em Fortaleza cobrando “Tarifa do Trump +50%” de um cliente norte-americano. Sim, do nada, o Brasil respondeu ao tarifaço de Donald Trump com um cover nos prostíbulos cearenses. Ou melhor, quase isso.
Mas será que tem gringo mesmo pagando mais pra curtir a night no Ceará? Spoiler: não tem confirmação nenhuma de que essa taxa esteja sendo cobrada de verdade. Bora entender o que é fato, o que é zoeira e o que a lei diz sobre isso.
O que rolou nas redes: o print do recibo e o meme viral
Tudo começou com uma imagem compartilhada loucamente no Twitter/X, mostrando um recibo com a descrição bizarra “Tarifa do Trump +50%”. O suposto local? Um cabaré apontado como “Thatys Drinks”, já dando pistas de que o meme foi servido com bastante gelo e humor.
Portais como o Tribuna do Sertão e o Diário do Centro do Mundo até comentaram o caso, mas todos jogaram real: a história tem cara de meme, e não de protesto real. Nada de fontes oficiais, nenhum dono de estabelecimento dando entrevista, zero provas de que alguém pagou mesmo essa taxa.
“Tarifa Trump" em suposto bordel de Fortaleza vira música
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) July 11, 2025
Confira ⤵ pic.twitter.com/2AMLHM9bJO
A zoeira tem limite? O que diz a lei sobre isso
Agora vamos sair do meme e entrar na treta jurídica. Se algum lugar de fato cobrasse mais caro só porque o cliente é gringo (norte-americano, no caso), isso seria crime de discriminação, previsto na Lei nº 7.716/1989. Sim, é coisa séria.
Além disso, o Código de Defesa do Consumidor também não perdoa: exigir uma “vantagem manifestamente excessiva” (tipo meter 50% a mais do nada) é considerado prática abusiva.
Ou seja, se esse recibo fosse verdadeiro e virasse prática recorrente, o Procon já estaria batendo na porta do cabaré com um “vamos conversar aqui rapidinho”.
Mas afinal, é meme ou realidade?
Com base nas reportagens e checagens disponíveis, tudo indica que foi só zoeira da internet. Uma sátira política bem-humorada, uma resposta criativa ao anúncio de tarifas de Trump, mas sem nenhuma base real de cobrança oficial nos estabelecimentos.
Nenhum jornalão confirmou a história, não há investigação policial, nem ação judicial, nem reclamação no Procon. Só print, meme e compartilhamento.
O brasileiro nunca perde a piada
O caso da “Tarifa Trump” é mais um daqueles momentos onde o brasileiro mostra que não tem limite pra criatividade, especialmente quando mistura política, humor e rolês aleatórios tipo cabaré.
Mesmo sem confirmação, a história virou o meme do momento e acendeu discussões importantes sobre xenofobia, abuso comercial e até respostas simbólicas à geopolítica (olha o Brasil militando de forma sensual, rs).