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Alanis Morissette diz que fama precoce aos 21 foi difícil em meio a ambiente predatório

Alanis Morissette, aos 21 anos, viu sua vida virar de cabeça para baixo após o sucesso de Jagged Little Pill (1995). Em recente entrevista ao The Guardian, ela revelou que, naquele momento, enfrentou um ambiente musical hipersexualizado e predatório — onde homens “não sabiam o que fazer com ela” se não podiam transformá-la em objeto sexual.

Ela disse que os estereótipos da indústria — voltados para figuras dominantes, como Courtney Love — a forçaram a se adaptar. “Fingi ser extrovertida por 25 anos”, admitiu, explicando o uso de álcool ou até Xanax para lidar com a pressão. Vinda de um perfil de “alto grau de sensibilidade”, Morissette sentiu diferença profunda entre um ambiente hostil e outro acolhedor. “Se colocar uma pessoa muito sensível num ambiente onde ela é diminuída… ela basicamente quer se matar”.

Ela também compartilhou eventos ainda mais traumáticos do início de carreira: a cantora foi vítima de estupros estatutários durante a adolescência, expostos no documentário Jagged (2021). Nos estúdios, ela descreveu situações em que câmeras eram posicionadas estrategicamente, e sabia o que viria depois — “isso terminava a relação” ou impondo segredos que guardava sozinha .

Morissette detalhou os efeitos permanentes da fama precoce, incluindo ansiedade, depressão, transtornos alimentares e até PTSD. Ela lembrou que, em uma cena, fãs reviravam sua gaveta de hotel e levavam suas roupas íntimas — uma intimidade violada que reforçou o peso do sucesso mundial.

Passados quase 30 anos, ela segue resiliente. Além da música, investe na cura emocional e no ativismo. É mãe envolvida na educação alternativa dos três filhos e defendera a elegibilidade de “inteligências múltiplas”. Em sua caminhada, fala sobre recuperação de vícios, sexualidade, espiritualidade e libertação feminina.

Por que isso importa?

  1. Exposição de um padrão sistêmico
    O relato de Morissette coloca em evidência como a indústria explora mulheres jovens. Suas experiências sinalizam que os abusos vão muito além do #MeToo, surgindo décadas antes de se tornarem notícia.
  2. Coragem para falar sobre trauma
    Ao revelar seu sofrimento, ela incentiva que outras vítimas busquem apoio e falem sobre abuso, mostrando que a cura é possível mesmo após décadas.
  3. Reconexão com a criatividade
    Morissette transformou sua jornada em arte e ativismo. Hoje, ela se expressa por música, workshops e apoio ao bem‑estar mental — mantendo-se relevante e fortalecida aos 50 anos .

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Escrito por Gabriel Nascimento

Jornalista, editor-chefe do Nation POP, empreendedor, especialista em Marketing, Registro de Marcas & Creator Economy.

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