Batista Lima, ex-vocalista da banda de forró Limão com Mel, celebra em 2024 uma década de carreira solo e já prepara novidades para marcar a data que prometem agitar os fãs mais nostálgicos. O pernambucano foi a voz por 22 anos da Limão com Mel e também atuou como diretor musical por 14 anos. Compositor de hits, alguns sucessos como “Toma Conta de Mim”, “E Tome Amor”, “Um Amor de Novela”, “Vivendo de Solidão”, “Minha Vida sem Você” têm sua assinatura.
Com tantas canções marcantes que ainda estão no repertório afetivo do brasileiro, Batista Lima contou no episódio desta quinta-feira (17) do Que Nem Tu. Que contou com apresentação de Alan Barros e participação do colunista João Lima Neto, do É Hit – a composição que transformou sua vida e carreira. Antes de “Toma Conta de Mim”, ele conta que era mais um cantor da banda, sem grandes projeções dentro e fora da banda.
“Existe um Batista alí. Antes era o irmão do Edson que está na Limão do Mel. Até então as pessoas não me conheciam”.
Ele disse que a banda passava por um momento difícil com a saída do irmão, Édson Lima, que era o grande nome da Limão. Assim, havia muita incerteza sobre a continuidade da banda e a agenda de shows estava pequena. O sucesso que a música fez deu não apenas holofote a Batista como projetou o grupo. Ele revelou como surgiu a ideia da composição.
“Naquela madrugada de muita dificuldade eu tava devendo quatro meses de aluguel. A minha esposa grávida, da Tereza, que tem 22 anos. E naquela madrugada de dificuldade, surgiu a música. É onde acontece nosso primeiro disco de platina”.
Ainda mais
Batista contou também que o sucesso da Limão com Mel – uma das bandas de maior destaque dos anos 90/2000- pegou todo mundo de surpresa.
“O sucesso é covarde, ele nunca vem quando você espera. Então pega gente desprevenida, por isso que alguns artistas às vezes ficam depressivos, outro vai pra droga, porque não tava esperando aquele boom de tanto show. Não se preparou praquilo. Nós não tínhamos nos preparados também. E de repente chega, o Limão Com Mel teve vários auges, né? Teve o auge aqui em Fortaleza. Ele começa e pega o Nordeste inteiro, e aí depois é o outro auge que vem e pega o Brasil inteiro. Vem acompanhado com DVD, o primeiro clipe de uma banda de forró, e aí vem essa pressão imensa de shows. 2004 foram 366 shows”, relembra.
Marca registrada dos shows da banda, o limão gigante cenográfico por onde Batista saia de dentro foi uma invenção. Que ele conta, surgiu do próprio cantor. Eles se preparavam para gravar o DVD e o pernambucano pensou em criar o cenário que marcou por anos as apresentações do grupo. Foi dele também a ideia de cantar sentado em cima de uma lua cenográfica.
Assim, Batista contou ainda sobre composições que escreveu e viraram sucesso na voz de outras pessoas. A saída da banda para a carreira solo, o relacionamento entre os cantores de forró e o que ele prepara para este ano.