Cibelle Xuxu, onde bom humor e excelência drag se encontram

Uma lenda da cena Drag local em São José dos Campos/SP é importada e você talvez não saiba! E a Taurina em questão nos deu essa entrevista no dia do aniversário dela (13/05), e a idade a gente revela (ou não) até o fim da matéria. Só acompanhando pra saber!

Mas de onde veio Cibelle?

O palco de estréia da diva foi sua cidade natal, Feira de Santana – BA, aos 16 anos de idade em uma brincadeira de carnaval. Uma das épocas que, junto com o mês do orgulho, e também Halloween, tem a magia da arte drag ainda mais solta, tocando o coração de muites que se propõe a experimentar, e se encantam com a experiência, muitas vezes descobrindo vocação nessa area performatica que infelizmente ainda não tem o devido reconhecimento como um trabalho. Pois embora pra alguns possa ser apenas um um hobbie, é um trabalho como outro qualquer, e fonte de renda e sustento como qualquer forma de performance artistica, fato que nós gostamos de ressaltar: arte é trabalho!

Já o Vale do Paraíba recebeu Cibelle de presente quando ela se mudou pra São José Dos Campos – SP aos 18 anos de idade, e ela, já certa de suas aspirações, tanto artisticas quanto profissionais, foi logo se inserindo nos meios da performance, e também, da beleza, área onde ainda, e cada vez mais, vem se destacando pela impecabilidade de seu trabalho como cabelereira e maquiadora.

Autodidata, Cibelle sempre trabalhou no ramo, mas não só isso

A gatah nunca fugiu de trabalhar, e foi colocando a mão na massa, na escova, no secador e na paleta de sombras, que ela se deu tudo que tem hoje. Dona do próprio salão de beleza ja ha 4 anos, ao ser perguntada sobre suas maiores conquistas como Drag Queen, Cibelle dispara.

“Minha maior conquista sou eu mesma! Do teto onde eu moro até o meu empreendimento foram através do nome que eu carrego”.

De volta ao começo, e respondendo uma pergunta que muitos de vocês ja devem ter se feito a essa altura do texto, o que inspirou a persona de Cibelle? E a resposta é simples e objetiva: Claudia Raia e Regina Duarte como a icônica Viúva Porcina, do clássico da teledramaturgia brasileira, Roque Santeiro.

E voltando ao presente, o que inspira Cibelle a seguir sendo a artista incrivel que é?

A apresentadora da Rádio Tamanco, brincadeira que ela faz nos stories do instagram todos os dias de manhã, levando alegria a qualquer pessoa que a acompanhe e busca por começar o dia dando risada, quando foi perguntada sobre o que a inspira atualmente, responde:

“Cada pedaço do céu e da terra me inspira, inspiração é a vontade de viver, qualquer coisa que os meus olhos possam alcançar”.

E pesquisa, é claro! Cibelle sempre está de olho no que está em alta na midia. De desfiles de moda até tendências duradouras ou passageiras da internet, nada passa despercebido aos seus olhos clinicos e certeiros quando se trata de melhorar sua persona, a pessoa que é, e a profissional que se tornou.

Ao longo de toda sua carreira, ela reúne filhas drag que dão continuidade ao seu legado, não só colocando em pratica o que aprenderam, mas também criando coisas incriveis, como por exemplo a Drag Queen Nathally Hills. “Pra mim, ser mãe é tudo” respondeu Cibelle sem pensar duas vezes ao ser perguntada sobre o que é ser uma Drag Mom.

Ela ja performou em todos os palcos da cidade que cedem espaço aos melhores artistas drag do vale, como Freakout, Mango, Monaco e Momentum, e encantou na edição de Halloween do Festival SassyNight ao performar lindamente a musica Donna Conte, da cantora Anna Oxa, deixando todes vidrados e de queixo caído. E é fato que esses e muitos outros palcos continuarão tendo o previlégio de recebe-la enquanto ela quiser continuar nos presenteando com sua leveza, finesse, beleza e um senso de humor contagiante e extremamente próprio.

Perguntamos também se ela poderia deixar um recado pra gerações futuras de performers drag e ela disse de forma certeira:

“Sejam mais unidas, estudem e busquem referencias. Sejam vocês pra que tudo aconteça de forma leve”

Cibelle quebrou e quebra barreiras, tendo deixado um legado, e acima disso, sendo um legado vivo. Que os palcos sempre a tenham!