Julho com férias escolares é uma época perfeita para viagens e passeios, a fim de descobrir novas culturas e perspectivas em lugares diferentes. Um estudo recente apoiado pela Deezer mostra que esses momentos de diversão e lazer também podem criar uma mudança duradoura no nosso gosto musical.
Com dados da plataforma de experiências musicais, pesquisadores do INSEAD, UC-Irvine e da Universidade de Chicago esclareceram como grandes mudanças expressivas de hábitos, incluindo viagens, podem impactar a exploração musical e causar transformações no estilo das pessoas.
O estudo analisou mais de 100 milhões de streams de música de dezenas de milhares de usuários Deezer em nove países*, incluindo dados do Brasil. Os pesquisadores descobriram um padrão impressionante: quando as pessoas visitam novas cidades ou países, suas preferências musicais se tornam mais diversas e conectadas ao lugar para onde viajaram.
“Os resultados deste estudo não só nos dão uma visão de como o ambiente de uma pessoa pode afetar sua relação com a música, mas também mostram que experimentar novos lugares pode ter um efeito duradouro sobre o que escolhemos ouvir. Estamos muito felizes por ter contribuído com dados para este estudo”, disse Aurélien Herault, CIO da Deezer.
Um exemplo desse efeito duradouro é imaginar um fã de rock que mora em Londres, na Inglaterra, e viaja para o Rio de Janeiro. Escutar um samba na sua casa, tem um sentimento diferente do que ouvir o ritmo onde ele foi criado. Isso faz com que o que ele sentiu na cidade carioca permaneça mesmo quando ele volta para casa. Além disso, a pesquisa ainda revela que quando uma pessoa está viajando para um lugar com uma grande distância musical, independente da distância em km, o impacto da música é ainda maior. Isso quer dizer que o mesmo fã londrino citado anteriormente tem mais chances de ser impactado pelo som do Rio de Janeiro do que de Joanesburgo, por exemplo. Mesmo sendo mais longe, a cidade da África do Sul tem músicas parecidas com a da capital inglesa.
Outro dado curioso é que dos países analisados pelo estudo, os que mais se diferem musicalmente são Brasil e França. Isso foi apontado através da análise feita durante sete dias das 100 músicas mais populares ouvidas diariamente na Deezer. Usando o coeficiente de similaridade de Jaccard, medida estatística utilizada para comparar a afinidade e a diversidade do conjunto de um dado em questão – neste caso, de música – o resultado foi que o coeficiente mais baixo é encontrado entre as nações brasileira e francesa, revelando uma maior distância entre gostos musicais de ambos.