A segunda fase do Drag Race All Stars 10, conhecida como “bracket 2”, foi marcada por drama intenso, alianças táticas e performances impactantes. Em entrevista exclusiva ao Gay Times, Kerri Colby, Nicole Paige Brooks e Tina Burner abriram o jogo sobre os bastidores, revelando tanto estratégias quanto emoções à flor da pele.
As rainhas destacaram o poder da “Pink Ladies”, um grupo que dominou os últimos episódios. Ligações inesperadas e traições sutis mudaram o ritmo da competição. Combinando humor, rancor e muito carisma, essas queens inundaram o reality com cenas inesquecíveis .
Durante a prova “Starrbooty: The Rebooty” — um rusical cheio de energia — Jorgeous e Lydia B Kollins conquistaram o topo, enquanto Kerri, Nicole e Tina acabaram na parte inferior. No momento decisivo, Nicole e Tina uniram forças para retirar Mistress do jogo, entregando seus pontos para Kerri — gesto tático para bloqueá-la.
Mistress respondeu chamando Kerri de “fake bitch” na frente dos jurados e deu seu ponto a Lydia, consolidando sua saída do grupo. Logo depois, RuPaul informou que as eliminadas teriam uma última chance de voltar à competição — dando ao trio esperança até o último momento.
Emoções, sabedoria e “cuntfidence”
Kerri comentou a tensão emocional do processo. Ela descreveu a experiência como um reavivar de traumas — comparou ataques das colegas a ressurgimento de humilhações da adolescência — e disse que precisava tempo para processar tudo antes de agir .
Nicole Paige Brooks falou sobre união estratégica. Ela contou que Tina a convenceu a direcionar pontos para Kerri, já que ela era considerada a mais forte do grupo. A decisão foi vista como uma atitude de suporte mútuo, de irmandade competitiva.
Tina, por sua vez, resumiu seu estado atual como entrando num “zero fucks era”. No palco, ela priorizou lealdade às amigas em vez de seguir acordos camaleônicos — uma postura que destacou sua autenticidade sem meias-palavras.
Bastidores táticos e agenda intensa
Fora das câmeras, Kerri trouxe à tona detalhes do ritmo exaustivo das gravações. Em live-stream num painel Roscoe’s Tavern, ela revelou que cada “semana” de produção durou apenas sete dias de fato — ida ao hotel, gravações intensas e retorno para casa. Essa rotina supercompacta revela o nível de pressão e velocidade exigido no reality.
O clima tenso entre Kerri e Mistress continuou após a eliminação. Elas ficaram sem se falar por um bom período, alimentando rumores de que existia um desentendimento além da competição.
Mistress, em entrevista à Entertainment Weekly, descreveu o relacionamento com Kerri como de “frenemies” — amigas e rivais ao mesmo tempo. Ela minimizou o lado emocional, afirmando que tudo fazia parte do entretenimento e que Sasha Colby (drag mother de Kerri) chegou a bloqueá-la nas redes sociais, confirmando o impacto real dos conflitos fora do palco.
Por que isso importa?
A dinâmica entre Kerri, Nicole, Tina e Mistress abre uma reflexão sobre jogos de poder, autenticidade e estrutura emocional em reality shows de competição. Elas mostram que, apesar do glamour, há uma profundidade emocional intensa por trás dos looks e performances.
O formato “Tournament of All Stars”, com grupos menores e pontuação, também intensifica relações pessoais. Uma aliança aqui pode definir o jogo ali, mudando rumos em minutos.
Além disso, o desabafo de Kerri sobre os traumas remete ao peso emocional que reality shows impõem aos participantes — especialmente quando reviravoltas acontecem em família, tanto no palco quanto em casa.
O que esperar da próxima fase
Com três semifinalistas vindos do bracket 2, as atenções já se voltam para os próximos episódios. Mistura de estratégia, drama e arte drag deve continuar definindo o ritmo.
Resta saber se Kerri, Nicole e Tina terão chance de retornar com força — e se os atritos com Mistress serão resolvidos, intensificados ou esquecidos. Uma coisa é certa: esse capítulo de All Stars 10 será lembrado pelas alianças, conflitos e narrativas emocionais que marcaram a temporada.