A cantora paulistana Lotzse está de volta com o segundo single de seu álbum de estreia, “o trajeto é a minha obra”. A faixa chega às plataformas de streaming no dia 4 de outubro, pelo selo Aurita Records, e traz uma mensagem otimista sobre o futuro. O som é um convite para acreditar que, mesmo em tempos difíceis, a jornada pode ser transformadora.
Produção de peso e referências poderosas
A música, por sua vez, tem produção assinada por Fabio Pinczowski, o nome por trás de projetos como o álbum “Beleza São Coisas Acesas Por Dentro”, de Filipe Catto. Além disso, a direção artística fica por conta de César Lacerda, que já teve suas canções gravadas por grandes nomes da música, como Gal Costa e Maria Bethânia. Juntos, eles criaram uma combinação que resulta em uma faixa com arranjos ricos. Os metais cativantes, assinados por Alberto Continentino, fazem, por exemplo, referência a ícones da música brasileira, como Lincoln Olivetti e Marcos Valle.
“Inspiração que eu não esperava”, diz Lotzse
Lotzse revela que sua trajetória artística começou em um lugar inesperado: galerias de arte contemporânea. Durante anos, a cantora trabalhou com artes visuais, sem, no entanto, imaginar como essa experiência moldaria sua visão criativa. De acordo com ela, a convivência com grandes obras e artistas ampliou seus horizontes e a fez enxergar a interseção entre esses dois mundos. “Eu pensava que trabalhar em galerias era apenas uma forma de viabilizar meu álbum. Contudo, esse caminho me mostrou fontes de inspiração que eu não esperava”, afirma Lotzse.
A inspiração para o título do single veio de uma obra do artista multimídia Paulo Bruscky, lançada em 1978, durante a ditadura militar. O conceito de “o trajeto é a minha obra” reflete o poder da resistência e da arte como forma de construção pessoal e social.
Capa de ‘o trajeto é a minha obra’ foi inspirada em fime japonês
A capa do single foi inspirada no clássico filme “Sonhos”, do diretor japonês Akira Kurosawa. A obra cinematográfica explora a evolução humana através de sonhos, destacando a transformação do protagonista ao longo da vida. Essa jornada de evolução também é central na mensagem de Lotzse. Para ela, a espiritualidade e a determinação são processos contínuos, sem um ponto final. “Não é sobre o destino, é sobre o trajeto”, reflete a artista.