O mercado musical brasileiro registrou um faturamento de R$116,06 bilhões em 2024, de acordo com o estudo PIB da Música, divulgado em reportagem de Silvio Essinger no O Globo. A maior parte desse montante veio dos shows e festivais, que somaram R$94 bilhões ao considerar bilheterias, patrocínios, produtos licenciados e o impacto indireto em turismo, hospedagem, transporte e alimentação.
Já o segmento de música gravada movimentou R$3,5 bilhões, mas apenas R$700 milhões chegaram aos intérpretes e R$250 milhões aos compositores. A discrepância, destacada na matéria, revela um ponto crítico da indústria: embora os números sejam bilionários, a remuneração direta de quem cria e interpreta ainda está muito aquém do potencial.
No funk, gênero que mais cresce no Brasil, o streaming se consolidou como ferramenta de democratização do acesso, mas trouxe novos desafios. Para Dodô Costa, diretor executivo de Criação e Estratégia da GR6 — maior produtora de funk do país:
“O streaming colocou o som da favela nos rankings globais. Mas, apesar da democratização, o retorno financeiro não acontece de forma linear. Tudo depende de contratos, percentuais e do quanto cada música é tocada. Além disso, as faixas hoje estouram em uma semana e desaparecem na outra. A diferença está em como você trabalha antes e depois do viral. A música passa rápido, mas a figura do artista fica.”
Com mais de 30 anos de experiência no setor, Dodô Costa destaca como a GR6 se consolidou como a maior produtora de funk do Brasil. A empresa vai além da gravação e distribuição de músicas, atuando também na gestão de carreira, marketing digital, produção de shows e fortalecimento de imagem dos artistas.
Essa estrutura permite que sucessos virais se transformem em projetos consistentes, capazes de sustentar carreiras no longo prazo. Em um mercado marcado pela efemeridade dos hits, a atuação da GR6 garante que o funk mantenha seu protagonismo dentro da indústria musical brasileira e conquiste cada vez mais espaço também no cenário internacional.
Dados-chave do Estudo
PIB da Música
(2024)
- R$116,06 bilhões movimentados pela indústria musical brasileira em 2024.
- Shows e festivais: R$94 bilhões (bilheterias, patrocínios, produtos e impacto econômico nas cidades).
- Música gravada: R$ 3,5 bilhões
- R$700 milhões chegaram aos intérpretes.
- R$250 milhões foram para os compositores.
- Streaming: responsável por 87,6% da receita da música gravada
- O Spotify concentra cerca de 60% das assinaturas no país.
- Direitos autorais: R$1,8 bilhão.
- Áudio e instrumentos musicais: R$14,6 bilhões.
- Fomento público: R$2,4 bilhões.
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