Recentemente um termo ganhou espaço nas discussões sobre mercado de trabalho quando p assunto é emprego. Estamos falando das “vagas fantasmas” que vêm causando frustrações em candidatos.
Este termo não é algo novo no mercado, porém, ao poucos vai ganhando mais robustez conforme o aumento das ocorrências. No mês de abril, por exemplo, a BBC já trouxe o assunto para pauta que espantou diversos candidatos.
De lá até aqui, o tema vem se aquecendo e colecionando opositores, afinal, as vagas estão sendo criadas sem finalidade esperada.
O que são “vagas fantasmas”?
O termo é utilizado para vagas que não levam o candidato à lugar nenhum. O candidato preenche seus dados, e após alguns meses… nada acontece. Apesar de parecer algo controverso (afinal uma vaga visa contratar alguém), este tipo de prática é extremamente comum e pode aos poucos empurrar sites de vagas à ineficiência.
Há diversas formas de identificar uma vaga falsa, uma delas é o tempo no qual o anúncio está em voga. Os requisitos de uma vaga possa mitigar a quantidade de candidatos, não é comum ter uma vaga aberta por mais de 3 meses.
Estas vagas têm um forte indício de ser uma vaga fantasma.
Outra forma de identificar está prática é observar empresas que utilizam plataformas próprias ou até mesmo caixa de email para receber os candidatos.
Algumas destas empresas simplesmente não respondem mais o candidato. E muitas vezes não há nem a confirmação de recepção do email de candidatura.
Dessa forma, os próprios candidatos não têm rastros do status do processo seletivo.
Por que este tipo de prática é feita?
Uma dúvida que se surge neste momento é a motivação desta prática. Afinal, para que servem vagas fantasmas?
Esta pergunta é respondida por alguns recrutadores e a resposta é relacionada a perspectiva do mercado em relação à empresa que anunciou e a alimentação do seu próprio banco de dados.
Ao abrir uma vaga, as empresas recebem centenas de candidatos com seus dados à disposição. Desta forma, cada vaga serve como uma ponte para a captação de currículos e assim, alimentar o banco de dados da empresa. Assim que precisar de fato, basta acessar o banco de dados.
Além deste motivo, existem outras possibilidades para esta prática que desagradam os colaboradores da empresa.
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Indo mais afundo, vagas fantasma servem para alterar a perspectiva da empresa perante ao mercado. Quando uma empresa abre vagas, é um indicativo de que seu corpo de funcionários está crescendo.
Desta forma, uma perspectiva de crescimento artificial é criada.
Dentro da empresa outra percepção também é moldada. Ao anunciar vagas fantasmas, os colaboradores que estão sob pressão, se sentem mais tranquilizados com o anúncio da chegada de novos colaboradores e a divisão de demandas.
Quais as consequências desta prática?
Assim como toda tomada de decisão, consequências caminham junto. No caso de empresas que criam vagas fantasmas, as consequências estão relacionadas à perspectivas de candidatos ao mercado de trabalho.
Com esta prática, candidatos passam a ver com maus olhos as vagas oferecidas no mercado. Afinal, cerca de 40% das vagas preenchidas em plataformas de vagas e redes sociais têm um forte indício de serem vagas falsas.
Só em abril de 2024, por volta de 1,5 milhão de vagas estão dentro destas características.
Conclusão
Por fim, esta má prática das empresas cria uma sensação de fadiga e insuficiências aos candidatos. Afinal, com um volume tão grande de insucesso na taxa de contratação, vagas mais técnicas viram têm sua taxa de abandono elevada artificialmente.