Adriano Assis faz parte do grupo de aproximadamente 10 pessoas impedido de embarcar no avião que caiu no início da tarde desta sexta-feira (9), em Vinhedo (SP). Em entrevista à TV Globo, ele agradeceu ao funcionário que não o deixou fazer check-in e entrar no voo.
“Cheguei aqui às 9h40, eu estava fazendo um trabalho no hospital regional de Toledo, quando cheguei aqui, eu fiquei esperando pra ver se abriam a porta [para poder embarcar], porque sempre tem alguém do guichê, mas hoje não tinha ninguém. Tomei café, esperei, o microfone não falou nada, os telões também não”, iniciou ele.
“Quando deu 10h40, o rapaz falou que eu não ia embarcar mais porque eu tinha que embarcar uma hora antes. Nesse momento eu discuti com ele, e foi isso. Ele salvou a minha vida. [Eu abracei ele], ele fez o trabalho dele. Se ele não tivesse feito o trabalho dele, talvez eu não estaria aqui”, contou Adriano Assis ao repórter do Jornal Hoje, com os olhos marejados.
O homem ainda relatou que não conhecia nenhum dos passageiros a bordo na aeronave, e voltou a agradecer o funcionário responsável por impedir sua embarcação.
“Não conhecia ninguém que estava a bordo. Eu estava falando com minha família, o pessoal deve estar ligando [para mim] agora. Esse rapaz, tenho até que saber o nome dele, porque ele realmente salvou minha vida“, concluiu ele.
A queda do avião
A aeronave ATR 72 da Voepass Linhas Aéreas caiu na tarde desta sexta-feira (9) em Vinhedo, no Interior de São Paulo. O voo saiu de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, em São Paulo, com 61 pessoas. Não há sobreviventes.
Em nota, a Voepass disse que o voo 2283 transportava 58 passageiros e quatro tripulantes. Segundo a companhia, não há confirmação de como ocorreu o acidente.