Documento ganhou mais força com isenção de visto para entrada na China; veja os 20 passaportes mais poderosos do mundo
O passaporte brasileiro ganhou mais prestígio internacional em 2025 e subiu uma posição no ranking global de passaportes mais poderosos, divulgado pela consultoria Henley & Partners. Agora ocupando a 16ª colocação, anteriormente em 17º lugar em fevereiro, o documento brasileiro permite acesso a 170 destinos internacionais sem a necessidade de visto prévio, um a mais do que na última atualização.
A mudança no número de países permitidos sem visto se deve principalmente à decisão da China de flexibilizar sua política de entrada para cidadãos de diversos países, incluindo o Brasil. Essa alteração marca uma reviravolta na postura diplomática chinesa e indica uma maior abertura do país asiático a visitantes internacionais. Além do Brasil, outras nações sul-americanas como Argentina, Chile, Peru e Uruguai também passaram a se beneficiar da isenção.
Com a atualização, o Brasil agora divide a 16ª posição com Argentina e San Marino, todos com passaportes que permitem entrada livre em 170 territórios.
Ranking considera 199 passaportes e 227 destinos
O índice, conhecido como Henley Passport Index, avalia 199 passaportes com base em dados exclusivos fornecidos pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A metodologia considera a quantidade de países e territórios aos quais um passaporte dá acesso sem exigência de visto, visto na chegada ou autorização eletrônica (eTA).
Desde 2006, a Henley & Partners publica regularmente o ranking, que serve como referência para viajantes, investidores globais, diplomatas e governos.
Europa e Ásia dominam o topo da lista
Os passaportes com maior liberdade global continuam sendo, majoritariamente, de países europeus e asiáticos. Singapura lidera isoladamente o ranking com entrada livre em 193 destinos. Logo atrás aparecem Japão e Coreia do Sul, com 190 países acessíveis sem visto.
Na terceira posição, com 189 destinos, estão Alemanha, França, Finlândia, Dinamarca, Irlanda, Espanha e Itália, evidenciando a força diplomática da União Europeia em matéria de mobilidade global.
Estados Unidos fora do Top 5
Os Estados Unidos, frequentemente vistos como referência global em termos de influência política e econômica, aparecem apenas na 10ª posição com acesso a 182 países. A colocação reflete a estagnação na ampliação dos acordos de isenção de visto norte-americanos nos últimos anos.
Afeganistão segue com o passaporte menos aceito do mundo
Na outra ponta da tabela, o Afeganistão continua com o passaporte mais fraco do mundo, permitindo entrada sem visto em apenas 25 destinos. Síria, com 27, Iraque com 30 e Iêmen com 32 completam a lista dos menos privilegiados, geralmente por conta de conflitos armados, instabilidade política e ausência de tratados diplomáticos sólidos.
Top 20 passaportes mais poderosos de 2025
- Singapura – 193 destinos
- Japão e Coreia do Sul – 190
- França, Alemanha, Espanha, Itália, Dinamarca, Finlândia, Irlanda – 189
- Portugal, Suécia, Holanda, Bélgica, Áustria, Noruega, Luxemburgo – 188
- Grécia, Nova Zelândia, Suíça – 187
- Reino Unido – 186
- Austrália, Polônia, Malta, Hungria, República Tcheca – 185
- Canadá, Emirados Árabes Unidos, Estônia – 184
- Croácia, Letônia, Eslovênia, Eslováquia – 183
- Estados Unidos, Islândia, Lituânia – 182
- Malásia, Liechtenstein – 181
- Chipre – 178
- Romênia, Bulgária, Mônaco – 177
- Chile – 176
- Andorra – 171
- Brasil, Argentina, San Marino – 170
- Hong Kong – 169
- Israel – 168
- Brunei – 164
- Barbados – 163
Os 10 últimos colocados
- Líbano – 44
- República Democrática do Congo, Sudão do Sul – 43
- Irã, Sri Lanka – 42
- Sudão – 41
- Coreia do Norte – 40
- Bangladesh, Palestina, Eritreia – 39
- Líbia, Nepal – 38
- Somália, Paquistão, Iêmen – 32
- Iraque – 30
- Síria – 27
- Afeganistão – 25
A valorização do passaporte brasileiro
Com o aumento da aceitação global e o fortalecimento das relações internacionais, o passaporte brasileiro se torna uma ferramenta valiosa não apenas para turistas, mas também para profissionais, estudantes e empresários. A entrada facilitada em 170 países representa mais liberdade, oportunidades de intercâmbio, negócios e crescimento pessoal.
O avanço no ranking reflete também o reconhecimento internacional das políticas diplomáticas brasileiras e seu compromisso com tratados multilaterais. Ainda há espaço para subir, mas o crescimento contínuo mostra que o Brasil está no caminho certo quando o assunto é mobilidade internacional.