Pedro Vasconcelos revela vício em drogas após papel em série dos anos 1990

O ex-galã da Globo Pedro Vasconcelos, 51 anos, chocou o público ao revelar que se tornou dependente de drogas durante o processo de preparação para viver o personagem Viciante na minissérie O Portador (1991). Em entrevista recente ao programa Play, do Gshow, e repercutida pela Terra, o ator e hoje renomado diretor desabafou sobre o impacto devastador dessa experiência em sua vida.

Pedro explicou que, para entregar uma atuação realista, decidiu “imersão total” no personagem. Ele afirmou:

“Fui interpretar um personagem viciado em drogas… e acabei me tornando um também! …Peguei a energia daquele ser humano, me destruí”

A intenção inicial era estudar os hábitos e emoções do dependente químico, mas o experimento rapidamente fugiu do controle. Ele contou que o vício durou cerca de quatro anos, mesmo enquanto já dirigia novelas de sucesso na Globo, incluindo A Favorita, Império e Alma Gêmea

A fase mais crítica foi descrita por Pedro como um processo profundo de autodestruição:

“Minha vida virou de cabeça para baixo, e o vício me prendeu de uma forma que eu jamais imaginei. …meses chorando, rezando e desesperado”

Ele relatou ter perdido momentos importantes com os filhos Lucas e Francisco, o que o levou a terminar seu contrato com a Globo em 2021, em busca de foco na família e recuperação.

Pedro atribui sua recuperação gradual ao apoio de amigos, familiares e à decisão consciente:

“Soltar as drogas, tomar a decisão e nunca mais encostar um dedo naquilo significa que os caminhos se abrem. E os meus se abriram”

Além disso, revelou métodos de visualização positiva e autorreflexão usados em sua transformação, hoje compartilhada em seu livro inspirador.

De galã a exemplo de superação

Pedro Vasconcelos ficou conhecido pelos papéis em Vamp, Malhação e Top Model, e posteriormente se destacou como diretor — seu talento, no entanto, foi ofuscado pelo trauma das drogas. Agora, livre do vício, ele busca usar sua história real como ferramenta de conscientização e alerta aos riscos do método “imersão absoluta” na atuação