A cantora e ativista Pepita se manifestou de forma contundente sobre o assassinato de Rhianna Alves, mulher trans morta por um motorista de aplicativo na Bahia. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a artista expôs a dor, a revolta e o medo compartilhado pela comunidade trans. Além de cobrar ação urgente das autoridades baianas para que o caso não seja mais um entre tantos engavetados.
“Mais um caso de transfobia. E eu fico me perguntando se a lei existe pra mim. Que de repente pra você existe, mas pra mim não”, inicia Pepita, evidenciando um sentimento coletivo de abandono. Aos 42 anos, ela afirma ter aprendido que precisa se proteger sozinha: “Eu tenho que me zelar, porque o outro nunca vai fazer isso por mim.”
Insegurança constante: o peso de existir em um país que não protege pessoas trans
No relato, Pepita descreve a rotina de risco que acompanha gestos simples do dia a dia: pegar um carro de aplicativo, caminhar na rua, levar o filho à escola, amar, viver. Ela conta que, sempre que usa um aplicativo de transporte, precisa avisar pessoas próximas para acompanharem sua viagem em tempo real. Uma vigilância que se tornou ferramenta de sobrevivência.
“Eu corro o mesmo risco que o motorista corre. Mas, se eu tivesse cometido aquele crime, hoje eu estaria presa, né?”, comenta, questionando a desigualdade na aplicação da lei.
A artista critica a forma como parte da sociedade reage a denúncias de transfobia, classificando a dor alheia como “mimimi”:
“Dor é pra quem tem. Pra quem não tem, vira história, vira nhenhenhê.”
Cobrança direta às autoridades
Pepita encerra o vídeo pedindo justiça por Rhianna Alves e exigindo que o caso não seja esquecido:
“Que as autoridades da Bahia façam justiça. Que isso não fique guardado dentro de uma gaveta.”
Ela destaca ainda a indignação de ver o agressor entrar e sair pela mesma porta, “como se nada tivesse acontecido”, enquanto uma família se despede de uma vida interrompida pela violência.
Um apelo que ecoa muito além do caso
O posicionamento de Pepita expõe, mais uma vez, a urgência de discutir segurança, políticas públicas efetivas e aplicação real da lei para a população trans no Brasil. País que, segundo relatórios internacionais e nacionais, segue liderando o ranking de assassinatos de pessoas trans há mais de uma década.
Enquanto a justiça não chega, o que permanece é a pergunta que Pepita deixa no ar:
“Quem vai fazer por mim? Quem vai me defender?”.
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