Entre traços, maquiagens e performances, Megan Venenosa vem se consolidando como um dos nomes da cena drag de São José dos Campos. Drag queen afab (assigned female at birth – designada mulher ao nascer), Megan desafia não apenas as normas de gênero, mas também o próprio conceito de que a arte drag é pra quem ama e pra quem quer, não importa o gênero.
Sua jornada começou em 2020, recriando visuais icônicos de grandes drags da história. Com o tempo, seu rosto passou a ser sua própria tela: uma tela viva, cheia de cor, personalidade, e uma estética vilanesca. Inspirada em vilãs clássicas do cinema, Megan construiu uma persona que mescla ousadia e sofisticação visual, sempre transmitindo uma mensagem: “ser drag é sobre expressão, não sobre gênero.”
Arte que pulsa em cada traço
Desde os primeiros passos, Megan Venenosa já mostrava familiaridade com o universo da arte, seja no papel, seja na própria pele. Seu primeiro visual drag, inspirado na queen Denali, do RuPaul’s Drag Race, deixou claro que ali nascia algo marcante. Com o tempo, ela começou a construir sua identidade estética com referências de Jinkx Monsoon, Chamilla Foxx, Trixie Mattel, Daya Betty e outras drags que uniam drama, excentricidade e técnica.
Mas Megan nunca se limitou à estética. Sua paixão pelo palco falou mais alto e com apenas dois anos de estrada performática, a artista vem deixando a sua marca com shows que mesclam teatralidade, emoção e crítica social.
Teatro, drama e resistência
Com apresentações carregadas de intensidade dramática, Megan encontrou no palco o espaço onde sua alma grita. Sua principal mentora é ninguém menos que Hellena Malditta, finalista da primeira temporada de Drag Race Brasil. Sob essa tutela, Megan desenvolveu performances com densidade cênica.
Sua performance de “Geni e o Zepelim”, original de Chico Buarque, reinterpretada pela atriz Letícia Sabatella, versão essa que foi escolhida pra trilhar a performance de lipsync foi um divisor de águas, selando ali um dos maiores marcos da carreira da artista.
Além de brilhar em eventos do Vale do Paraíba, tais como SassyNight, Megan rompeu barreiras ao se tornar a primeira drag queen afab a representar São José dos Campos no Drag Brunch, evento de destaque da cena drag nacional. Sua presença ali não só representa sua cidade, mas abre portas para outras artistas como ela.
Megan também atuou como coprodutora de algumas edições do festival SassyNight. Com outras queens como Electra Doll e também a fundadora do evento, Sassy Natto, ajudou a construir o evento em suas primeiras edições.
Mais que uma drag: Uma força que inspira
Para Megan, ser drag é um ato político, espiritual e artístico. Sua arte é guiada por um propósito maior: ser símbolo de resistência e liberdade, especialmente para corpos e identidades constantemente silenciadas. Com sua audácia estética, poder feminino e coragem emocional, Megan é mais do que uma artista — ela é um convite à subversão, à beleza fora da norma e à celebração do que nos torna únicos.
E como ela mesma propõe: “Se eu posso ir onde quiser, você também pode.”
Desde Janeiro de 2025, a marca SassyNight é uma co-produção de Gabriel Natto (que dá vida a personagem Sassy Natto) & a divisão de negócios da marca Nation POP.
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